Zaqueu começa com Z, a última letra do alfabeto. Deslocado por natureza e vocação: Zaqueu nasceu albino, de cabelos e pele mais que brancos, em meio a uma família de gente morena. Nasceu artista, embora a sua família nem imagine o que seja isso. É pobre, mas estuda em escola de rico – o patrão do seu pai é mesmo um sujeito generoso. Conhecemos e tornamo-nos Zaqueu nos seus momentos triviais e também nos marcantes: a descoberta de que seu pai tem uma outra família, os atritos com o irmão metido a marginal, as tentativas patéticas de desvendar o sexo oposto. Mesmo em uma cidade de 12 milhões de habitantes, Zaqueu procura o seu lugar, talvez em vão, mas procura. Ele sabe que São Paulo vai devorá-lo vais cedo ou mais tarde. Pois que venha, então.
Essa é a premissa da HQ “Matei meu pai e foi estranho” (selo Jupati Books, Marsupial Editora), de autoria do nosso colaborador André Diniz.
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